Playtown Recife
O Playtown Recife foi um projeto de inovação urbana que transformou uma demanda da Secretaria de Turismo em um processo participativo de cocriação. Estruturado em quatro fases — Workshop, Hackathon, Laboratório de Imersão e Consolidação — mobilizou cidadãos, especialistas e poder público para desenvolver sete propostas de artefatos urbano-tecnológicos. O resultado final foi a produção de Termos de Referência, documento executivo que possibilitou a abertura de editais de licitação, garantindo que as soluções concebidas coletivamente pudessem avançar para produção e integração ao espaço urbano.





Liderando a Cocriação Lúdica do Direito à Cidade
A iniciativa Playtown surgiu a partir de uma demanda da Secretaria de Turismo do Recife: criar artefatos urbanos icônicos para o Bairro do Recife. O projeto foi estruturado para transformar essa solicitação em uma proposta participativa, capaz de explorar o direito à cidade por meio de uma abordagem lúdica e colaborativa.
Em vez de uma produção restrita a uma equipe interna, definiu-se que os artefatos não seriam criados de forma isolada por especialistas, mas sim a partir de um processo coletivo com a sociedade, garantindo legitimidade social e integração das soluções ao cotidiano urbano.
Fases do projeto

Workshop
Cidade Lúdica
O projeto foi lançado por meio de um grande workshop com mais de 300 participantes, que reuniu provocações interdisciplinares e alinhou os conceitos de cidade lúdica. Nesse momento, foi articulada a abertura para o engajamento público e anunciada a chamada para o Hackathon Playtown.
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Método
A primeira fase reuniu uma mesa de debate interdisciplinar, trazendo provocações de áreas como arquitetura colaborativa, arte urbana, psicologia e educação, em um encontro aberto à participação do público para refletir sobre a cidade.
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Objetivo
Gerar engajamento inicial, alinhar conceitos de “Cidade Lúdica” e abrir diálogo com a sociedade, criando um espaço de troca de perspectivas entre diferentes áreas do conhecimento. Esse movimento estabeleceu a base conceitual e participativa para as etapas seguintes do projeto.
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Resultado
mais de 300 participantes envolvidos e lançamento do Hackathon Playtown.
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Hackathon
Playtown
Na segunda etapa, 52 participantes foram selecionados entre mais de 180 inscritos. O formato tradicional de Hackathons foi refinado, substituindo o foco exclusivo em software por artefatos artístico-tecnológicos. Como resultado, sete ideias foram escolhidas para seguir adiante.
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Método
Maratona de cocriação com equipes formadas por seleção pública aberta na fase anterior, com foco em artefatos artístico-tecnológicos urbanos.
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Objetivo
Aprofundar o diálogo com a sociedade na construção de ideias que serão selecionadas pela secretaria de turismo.
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Resultado
52 participantes ativos, equipes com membros da Secretaria de Turismo e da sociedade, foram geradas 800 ideias embrionárias, Inicialmente reduzidas a 43 ideias revisadas, classificadas por viabilidade técnica e financeira, consolidada em 21 ideias apresentadas à secretaria de turismo, que selecionou 7 ideias para evolução na próxima fase.
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Laboratório
de Imersão
Para superar os limites de aprofundamento nas questões, inerente aos hackathons, foi planejada a fase de Laboratório de Imersão, conduzida por seis semanas, com equipes multidisciplinares com 16 participantes recebendo bolsas de auxílio, produzindo protótipos com olhar para qualidade da interação, viabilidade técnica e financeira.
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Método
Incubação prática de ideias selecionadas na fase anterior em ambiente de laboratório, com duração de 6 semanas.Dinâmica: times multidisciplinares (16 pessoas selecionadas) todas recebendo bolsas de auxílio.
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Objetivo
Construção de protótipos de vários níveis de fidelidade, para testar a aderência aos seguintes critérios de validação:-
Interação e experiência do usuário (testes de uso e engajamento)
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Viabilidade técnica
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Viabilidade financeira
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Resultado
Protótipos de diversos níveis de fidelidade testados em campo no Bairro do Recife.
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Entregáveis
Técnicos
Na fase final do Playtown Recife, foram elaborados os Termos de Referência, documentos que consolidam as sete ideias do Laboratório de Imersão. Nele foram detalhados requisitos técnicos, funcionais e legais para orientar a Prefeitura na abertura de editais de licitação, garantindo que os protótipos sejam traduzidos em especificações claras para viabilizar sua produção.
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Método
A elaboração dos Termos de Referência no Playtown Recife ocorreu por meio de diálogo contínuo e consultas técnicas com a Secretaria de Turismo, assegurando requisitos alinhados ao projeto e às exigências legais do setor público.
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Objetivo
A fase final teve como foco garantir a viabilidade técnica e legal das propostas, fornecer subsídios para a Secretaria de Turismo conduzir processos de licitação e transformar os protótipos em bases formais para produção em escala.
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Resultado
O resultado dessa fase foi a consolidação das sete propostas em Termos de Referência técnicos e legais, prontos para orientar editais de licitação.
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Laboratório de Imersão
Para superar os limites de aprofundamento nas questões, inerente aos hackathons, desenhei a fase de Laboratório de Imersão, conduzida por seis semanas.Estruturei equipes com 16 participantes com bolsas de auxílio, organizando a validação dos protótipos em qualidade da interação, viabilidade técnica e financeira.
O que fiz no projeto
No projeto Playtown, atuei desde a concepção metodológica até a facilitação dos processos coletivos. Estruturei a iniciativa a partir de um conjunto de métodos de design participativo, cocriação aberta, prototipagem iterativa e engajamento lúdico, entendendo que apenas a combinação desses elementos permitiria transformar uma demanda institucional em um processo legitimado pela sociedade. Minha função central foi a de mediador entre diferentes grupos de interesse — cidadãos, poder público, especialistas e equipes multidisciplinares — criando condições para que cada etapa fosse ao mesmo tempo produtiva e inclusiva.
No Workshop Cidade Lúdica, coordenei a abertura do diálogo com mais de 300 participantes, realizando a seleção dos participantes a partir de temas relacionados à cidade e conduzindo provocações interdisciplinares para estimular múltiplos olhares. Atuei também como mediador do debate, incentivando a participação ativa e promovendo o engajamento da platéia, de modo a alinhar conceitos-chave e preparar o terreno para as etapas seguintes do projeto.
Durante o Laboratório de Imersão, acompanhei o processo de evolução dos protótipos, assegurando sua validação em três dimensões: interação, viabilidade técnica e viabilidade financeira. Atuei como mediador para que as equipes compreendessem os critérios de avaliação e pudessem avançar de forma estruturada. Para o acompanhamento do trabalho, foram aplicados métodos ágeis, com ciclos curtos de planejamento, revisão e adaptação, permitindo ajustes contínuos ao longo do processo. O resultado foi a transformação das propostas em protótipos de alta fidelidade, testados em campo no Bairro do Recife.
Na fase final do Playtown, assumi a responsabilidade pela coordenação da elaboração dos Termos de Referência, transformando as sete ideias desenvolvidas no Laboratório de Imersão em documentos executivos completos. Conduzi reuniões e diálogos com técnicos da Secretaria de Turismo para compreender em detalhe as necessidades legais e administrativas, garantindo que cada requisito fosse registrado de forma precisa. Também organizei e sistematizei as informações coletadas ao longo de todo o processo, traduzindo os protótipos em especificações técnicas, funcionais e financeiras. Meu papel foi assegurar que as soluções criadas coletivamente se tornassem bases formais, aptas a orientar a abertura de editais de licitação e viabilizar sua produção em escala no espaço urbano.



